O Aqueduto das Águas Livres
A tentativa de trazer água da Fonte das Águas Livres a Lisboa começa em 1571, mas apenas em 12 de Maio de 1731, foi autorizada, por alvará régio de D. João V, A construção do Aqueduto das Aguas Livres.
As obras de construção foram iniciadas em Agosto de 1732 e em 1748 o Aqueduto entra em funcionamento, abastecendo de água a cidade de Lisboa.
A extensão do Aqueduto. Incluindo todos os ramais, é de 58 1315 metros.
A arcaria sobre o Vale de Alcântara, constituída por 35 arcos – 14 ogivais e os restantes em volta perfeita - tem 941 metros de comprimento tendo o maior arco 65 metros de altura por 29 metros de largura.
O Aqueduto das Aguas Livres, para além de servir para a passagem da água que abastecia Lisboa, constituía um ponto de acesso à cidade. No cimo dos seus arcos estendem-se dois passeios, que na zona do Vale de Alcântara eram conhecidos pelo “passeio dos arcos” e serviam de passagem para os hortelões, lavadeiras e todos aqueles que se deslocavam da zona saloia para o centro da cidade.
Retirado do sistema de abastecimento de Agua em 1967, o Aqueduto é uma das mais notáveis obras de sempre da engenharia hidráulica.
Foi das poucas obras que sobreviveu ao terramoto de 1755, sem nenhuma derrocada.
Tem na sua história o mais famoso “serial Killer” português, Diogo Alves – conhecido pelo “Pancadas”, que, após desgosto amoroso com a taberneira Gertrudes Maria, terá assassinado brutalmente no Aqueduto das Aguas Livres mais de 70 pessoas com o intuito de as roubar.
Foi o último condenado á morte em Portugal e a sua cabeça foi decepada em busca da razão da sua malvadez. A cabeça de Diogo Alves ainda se encontra conservada em formol na Faculdade de Medicina de Lisboa.
As obras de construção foram iniciadas em Agosto de 1732 e em 1748 o Aqueduto entra em funcionamento, abastecendo de água a cidade de Lisboa.
A extensão do Aqueduto. Incluindo todos os ramais, é de 58 1315 metros.
A arcaria sobre o Vale de Alcântara, constituída por 35 arcos – 14 ogivais e os restantes em volta perfeita - tem 941 metros de comprimento tendo o maior arco 65 metros de altura por 29 metros de largura.
O Aqueduto das Aguas Livres, para além de servir para a passagem da água que abastecia Lisboa, constituía um ponto de acesso à cidade. No cimo dos seus arcos estendem-se dois passeios, que na zona do Vale de Alcântara eram conhecidos pelo “passeio dos arcos” e serviam de passagem para os hortelões, lavadeiras e todos aqueles que se deslocavam da zona saloia para o centro da cidade.
Retirado do sistema de abastecimento de Agua em 1967, o Aqueduto é uma das mais notáveis obras de sempre da engenharia hidráulica.
Foi das poucas obras que sobreviveu ao terramoto de 1755, sem nenhuma derrocada.
Tem na sua história o mais famoso “serial Killer” português, Diogo Alves – conhecido pelo “Pancadas”, que, após desgosto amoroso com a taberneira Gertrudes Maria, terá assassinado brutalmente no Aqueduto das Aguas Livres mais de 70 pessoas com o intuito de as roubar.
Foi o último condenado á morte em Portugal e a sua cabeça foi decepada em busca da razão da sua malvadez. A cabeça de Diogo Alves ainda se encontra conservada em formol na Faculdade de Medicina de Lisboa.
D.João V
Curiosidades
Os Crimes de Diogo Alves (1911)
Filme Mudo; 1911
de João Tavares
com Alfredo de Sousa (Diogo Alves), Amélia Soares (Parreirinha a sua amante), Gertrudes Lima (Criança Testemunhadora), José Clímaco (Membro da quadrilha), Narciso Vaz (Membro da quadrilha) e Artur Braga (Membro da quadrilha).
Sinopse:
Filme que retrata a vida de Diogo Alves, um espanhol que veio viver para Lisboa e que de 1836 a 1839 perpetrou vários crimes hediondos, muitos deles instigado pela sua companheira Parreirinha. Foi por fim apanhado pelas autoridades e sentenciado à forca. O enredo foi baseado num dos folhetim dedicados aos "Criminosos Célebres" portugueses.
M. Félix Ribeiro, "Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português".
Observações: Em cartaz n'O Paraíso de Lisboa, a 19 de Maio de 1911, em versão "falada", provavelmente com actores por detrás da tela (Matos-Cruz, Cais do Olhar).
Em 1909, João Freire Correia, animado com o exito do "sketch" de "O Rapto de Uma Actriz", inicia a produção de "Os Crimes de Diogo Alves" com os actores da Companhia do Teatro do Principe Real e realização a cargo de Lino Ferreira. As filmagens decorreram no Aqueduto das Águas Livres e no estúdio da Portugália na Rua do Bemformoso. "O estúdio tinha pouca luz e os actores muita pressa, pois deviam seguir em tournée para o Brasil. Parece que que se chegaram a rodar 2/3 da obra, mas as filmagens jamais se concluíram e só recentemente um fragmento desta versão foi descoberto e recuperado.
Quem não desistiu foi João Freire Correia (...). Dois anos depois - em 1911 - com um cast muito menos brilhante (secundários actores de teatro nos protagonistas) foi rodada a "segunda versão" de "Os Crimes de Diogo Alves", estreada com enorme publicidade no Salão da Trindade, a 26 de Abril de 1911. João Tavares (1883.1971), que tinha tido um pequeno papel na primeira versão, foi o nome escolhido para realizador. O acolhimento do público excedeu toda a expectativa e, de 1911 a 1914, em múltiplas reposições, o filme foi chorudo negócio. Hoje é a única relíquia desse passado e vale sobretudo como testemunho histórico do que era o Aqueduto nessa época (quando ainda se podia percorrê-lo a pé) e pela reconstituição do mais "hediondo" crime de Diogo (o único de que, diz-se, ele se teria arrependido): o assassínio de uma criança que, por distracção ou desejo do realizador (vá-se lá saber), sorri para a câmara e para o assassino, antes de ser atirada borda for a. Tem 280 metros e custou 200 mil réis, qualquer coisa como 500 contos."
João Bénard da Costa, in Histórias do Cinema, col. Sínteses da Cultura Portuguesa, Europália 91, ed. Imprensa Nacional-Casa da Moeda.
de João Tavares
com Alfredo de Sousa (Diogo Alves), Amélia Soares (Parreirinha a sua amante), Gertrudes Lima (Criança Testemunhadora), José Clímaco (Membro da quadrilha), Narciso Vaz (Membro da quadrilha) e Artur Braga (Membro da quadrilha).
Sinopse:
Filme que retrata a vida de Diogo Alves, um espanhol que veio viver para Lisboa e que de 1836 a 1839 perpetrou vários crimes hediondos, muitos deles instigado pela sua companheira Parreirinha. Foi por fim apanhado pelas autoridades e sentenciado à forca. O enredo foi baseado num dos folhetim dedicados aos "Criminosos Célebres" portugueses.
M. Félix Ribeiro, "Filmes, Figuras e Factos da História do Cinema Português".
Observações: Em cartaz n'O Paraíso de Lisboa, a 19 de Maio de 1911, em versão "falada", provavelmente com actores por detrás da tela (Matos-Cruz, Cais do Olhar).
Em 1909, João Freire Correia, animado com o exito do "sketch" de "O Rapto de Uma Actriz", inicia a produção de "Os Crimes de Diogo Alves" com os actores da Companhia do Teatro do Principe Real e realização a cargo de Lino Ferreira. As filmagens decorreram no Aqueduto das Águas Livres e no estúdio da Portugália na Rua do Bemformoso. "O estúdio tinha pouca luz e os actores muita pressa, pois deviam seguir em tournée para o Brasil. Parece que que se chegaram a rodar 2/3 da obra, mas as filmagens jamais se concluíram e só recentemente um fragmento desta versão foi descoberto e recuperado.
Quem não desistiu foi João Freire Correia (...). Dois anos depois - em 1911 - com um cast muito menos brilhante (secundários actores de teatro nos protagonistas) foi rodada a "segunda versão" de "Os Crimes de Diogo Alves", estreada com enorme publicidade no Salão da Trindade, a 26 de Abril de 1911. João Tavares (1883.1971), que tinha tido um pequeno papel na primeira versão, foi o nome escolhido para realizador. O acolhimento do público excedeu toda a expectativa e, de 1911 a 1914, em múltiplas reposições, o filme foi chorudo negócio. Hoje é a única relíquia desse passado e vale sobretudo como testemunho histórico do que era o Aqueduto nessa época (quando ainda se podia percorrê-lo a pé) e pela reconstituição do mais "hediondo" crime de Diogo (o único de que, diz-se, ele se teria arrependido): o assassínio de uma criança que, por distracção ou desejo do realizador (vá-se lá saber), sorri para a câmara e para o assassino, antes de ser atirada borda for a. Tem 280 metros e custou 200 mil réis, qualquer coisa como 500 contos."
João Bénard da Costa, in Histórias do Cinema, col. Sínteses da Cultura Portuguesa, Europália 91, ed. Imprensa Nacional-Casa da Moeda.